quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Amanhã



O mundo não vai acabar amanhã, mas toda essa história me fez pensar um pouco sobre a vida e escolhas que fiz e que faço... por via das dúvidas é melhor botar pra fora.

Se o mundo acabar amanhã, eu quero:

Agradecer minha mãe por tudo o que ela me deu e, principalmente, pelos valores que ela me ensinou a ter;

Agradecer meu irmão por estar sempre inteiro, reto e por perto, por ser uma figura especial capaz dos gestos mais exuberantes, sempre de forma discreta e por muito mais;

Agradecer a Ursula por ter me dado a Sophia, minha razão de viver e por ser a mulher que é: companheira de tantos anos e amiga para o resto da vida;

Agradecer a Sophia por ser a melhor filha que alguém pode ter na vida, por ser encantadora, por ser sensível, por ser carinhosa, por ser humana, por ser meu maior orgulho, meu maior aprendizado, meu amor mais puro e verdadeiro;

Agradecer todos meus amigos por terem estado por perto, quando eu mais precisei e quando eu menos precisei, sem vocês minha vida não teria tido tantos risos, tantas viagens, tantas experiências, tantos dias de praia, tantas tardes na serra, tantos almoços, tantos jantares, tanta cerveja, tantos momentos únicos, tanta mágica, tanto amor, tanto carinho, tanta coisa...

Agradecer a minha família pelas referências, boas e ruins. Com elas aprendi a escolher o que eu gosto e quero ser e o que eu não gosto e não quero pra mim, agradeço também por todas as vezes em que juntos fomos uma família de fato e de verdade, cada um desses momentos me fizeram e me fazem valorizar o conceito de família todos os dias da minha vida;

Agradecer a todas as pessoas com quem trabalhei na vida, com quem aprendi tanto, com quem comemorei vitórias e chorei derrotas, com quem aprendi a caminhar sempre para frente;

Agradecer aos amores que tive na vida, e não foram poucos, por cada sorriso, cada carinho, cada beijo, cada noite, cada colo, cada palavra, cada atenção, cada abraço, cada cinema, cada jantar com ou sem luz de velas, cada fugida, cada “eu te amo”, cada bilhete, cada apelido, cada música, cada dança, cada festa, cada atitude e por cada uma das coisas que serão guardadas só entre nós dois.

Mas eu quero também...

Pedir desculpas pelos erros que cometi, pelas lágrimas derramadas por minha causa, pelo tempo que não vivi, pela atenção que não dei, pelos encontros que não fui, pelo mau humor que compartilhei, pelas cobranças e expectativas que infantilmente depositei, pelas grosserias cometidas, pela falta de tato, pelas gafes e por tudo mais que tenha feito e com quem quer que tenha feito.

E, se o mundo acabar amanhã, vou correndo encontrar meus “mortos” queridos.. abraçar e beijar meu pai, meus avôs e avós, meus amigos e amigas... É até engraçado: morto matando as saudades.

E, se o mundo realmente acabar amanhã, quero dar um até breve a Deus. Dizer a Ele que a vida que Ele me deu de presente foi muito melhor que o melhor presente de Natal que ganhei na infância. Dizer que tentei de tudo para aproveitar esse presente todos os dias, que foi com essa vida que aprendi tudo o que sei e que foi nas nossas conversas que entendi tudo o que Ele botou na minha frente, mesmo que não tenha sido nada fácil algumas vezes. Sei que Ele estava apenas cumprindo seu papel de Pai me mostrando como evoluir, como amadurecer, como ser uma pessoa melhor.

O mundo não vai acabar amanhã, mas mesmo assim é bom botar isso pra fora e seguir a vida.

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