Na segunda cheguei na Pousada Caminho do Ouro em Paraty e confesso que foi minha primeira decepção na viagem. Tava esperando uma casa no mato, cheia de passarinhos e muito sossego e não encontrei nada disso. Dei de cara com um restaurante na beira da estrada Real que por acaso tem quatro quartinhos muito mal cuidados. A funcionária chilena me olhou como se eu fosse um ET. - Ah si, tienes reserva!? Bien, voy a me certificar. Já não curti nem um pouco.
Volta ela com a informação de que era sim verdade, eu tinha feito e pago 50% da minha reserva. Como se eu mesmo não soubesse. E me convida para mostrar o quarto que foi o ápice da frustração. Em si, ele nem tinha nem eu esperava que tivesse algo demais. Mas não precisava ter paredes estufadas de umidade e mofo. Olhei para aquilo e disse para a chilena: - Olha, eu não sei se vou ficar as duas noites porque procurava um lugar mais quieto, etc... e já fui preparando minha fuga.
Depois, ela me mostrou o restaurante (o Voilá), que fica no fundo, bem na beira do Rio Perequê-Açu... simpático e bonitinho, diga-se de passagem, mas não o suficiente para me encantar. Mas o pior mesmo foi ela me dizendo que os donos estavam viajando e por isso o restaurante, que era o melhor da pousada, estava fechado. Tomei a decisão de ir logo para a cidade - tava faminto - Ia ficar por ali aquela noite e então decidiria. Foi que eu fiz.
Claro que nesse meio tempo fiz amizade com o garçom, a cozinheira, os caras da loja do lado, a doida da cidade que passa lá pra falar a previsão do tempo, a amiga da dona, etc. Virou uma festa e eu emendei umas quatro ou cinco cervejas antes de resolver seguir meu passo torto pelas pedras (que já me pareciam bem retas) nas ruas de Paraty. Antes, pedi uma dica sobre o que fazer de noite e eles me falaram de um restaurante chamado Casa do Fogo que tem música ao vivo, etc. Curti, era bem isso o que eu queria mesmo e lá fui eu rodar a cidade e ficar o mais longe possível da pousada...
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