segunda-feira, 21 de maio de 2012

Trindade

Passei por Trindade no caminho entre Ubatuba e Paraty e confesso que meu queixo caiu. Como é que pode ter um lugar tão bonito no mundo e eu não ter a menor noção de que ele existe.

Tudo começou quando fui parado na estrada por um guarda rodoviário. Como diz a Deyse (sócia da Copy): todo mundo para um Gol Vermelho mas como esse é o carro que eu tenho pra andar hoje, graças a minha mãe, nem reclamo mais.

- Documento!

Olha de um lado, olha do outro e o cara pergunta:

- Da família Suplicy?

Que pergunta idiota. O cara tá lendo meu nome nos documentos e ainda tem dúvidas...risos. Típico de quem baixa a guarda pro povo do "Você sabe com quem tá falando?". Mas eu tava tão relaxado que só disse que sim. Ele me devolveu os documentos, olhou pra máquina e me desejou lindas fotos dessa região tão linda. Concordei com ele. Isso é mesmo muito perto do paraíso.

Ai, aproveitei o clima amistoso pra perguntar como era Trindade. Se valia ou não a pena dar uma parada por lá, como era, etc.

Ele me disse que valia sim, que para chegar lá faltavam 5km e que o carro iria passar por dentro de um rio pra chegar na vila. Mas disse que era um riozinho e que eu podia ir sem susto...e aí começou o puxa-saquismo... o cara queria me falar, em detalhes, de todas as praias que existem na cidade... ohmmmmm e vamos em frente.

Entrei na saída certa e segui devagarinho pelo caminho que por si só já é lindo. Plantas maravilhosas, curvas cheias de graça e pequenas nesgas que permitiam ver uma praia linda bem ao fundo. De repente a estrada vira o leito de um rio...bem pequenininho, mas um rio. À esquerda uma praia alucinante, com ondas fortes e pedras imensas que protegem a terra do mar. Segui em frente e dei uma boa volta pela cidade. Entendi que eu precisaria desembarcar, largar o carro e pegar um barco pra conhecer o que Trindade tem de melhor. Quase fiz isso, mas com o carro todo carregado de malas achei que era melhor repensar essa ideia e deixar pra outro dia ou pra outra viagem.

Dá pra confundir Trindade com Canoa Quebrada. A onda é a mesma e eu me senti feliz e livre por estar passeando sem destino e sem horário... bom demais!



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