sábado, 26 de maio de 2012

Visita

Antes de dormir no dia anterior, conversei com duas pessoas no Facebook. Uma delas era a Srta. R, uma pessoa incrível de quem virei amigo via web e com quem troquei conversas deliciosas. Claro que como bom incompetente emocional cheguei a imaginar a possibilidade de sermos mais do que amigos mas essa não era e não é uma preocupação nem minha nem dela nesse momento e seguimos como bons amigos, quase cúmplices das inseguranças da vida. Adorei as conversas, as opiniões e as trocas, inúmeras, que tivemos via computador.

A outra pessoa com quem conversei foi a Srta. B, amiga querida que me apóia e que cuida de mim como pouca gente na vida. B é uma pessoa especial. Somos amigos antes e depois de qualquer coisa. Sim já tivemos alguma coisa no passado, mas hoje nosso carinho é maior do que isso e nossa história vai seguir por esse caminho, sem sexo, sem beijos na boca, sem fantasias sexuais que talvez só compliquem essa nossa relação tão deliciosamente simples. No meio da nossa conversa ela me perguntou se eu gostaria de companhia para o último dia de férias e eu disse que sim, adoraria a companhia dela aqui.

Combinamos que eu a pegaria na rodoviária as 9h30 e dormi feliz porque ter a B como companhia para conversar seria ótimo. E no dia seguinte estávamos aqui conversando e contando um para o outro tudo o que havia acontecido nos últimos tempos. Ela falando dos seus amores e casos e eu falando do novo ciclo que decidi começar com essa viagem.

Falei muito sobre uma certa Menina de Covinhas que foi para mim uma das maiores paixões da minha vida e que havia aparecido no dia anterior. É que eu vi em Paraty Mirim um barco com seu nome e o fotografei. Mandei a foto por MSN e ela começou a conversar comigo, contando que havia terminado seu namoro/casamento e que não estava bem. Perguntei se ela queria que eu fosse embora para o Rio naquela hora e ela me disse que não, que eu devia curtir o fim das férias e que estaríamos juntos na minha volta e seguimos conversando. Ela se sentindo em culpa pelo fim de sua história e eu dizendo a ela que não existe esse tipo de culpa.

Na verdade acredito que as pessoas possuem o eterno complexo de pequeno príncipe. Livro que eu detesto e que fez as pessoas pensarem que são realmente responsáveis pelo que cativam e com isso desenvolverem a maldita culpa. Ninguém é responsável por ninguém a não ser por si mesmo e pelo compromisso em serem felizes.

Com a visita de B pude falar mais sobre isso. Contei e me lembrei da importância que a Menina de Covinhas teve na minha vida. Juntos aprendemos muito sobre o amor, a cumplicidade e sobre a vida. Ela foi mesmo muito mais do que apenas mais uma pessoa que passou.

Não que eu ache que nós vamos voltar a namorar. Pode até acontecer, mas não tenho expectativas nessa relação. O fato que realmente importa é o tamanho do carinho e do amor que temos um pelo outro. A Menina de Covinhas é talvez a única pessoa por quem eu deixaria qualquer coisa na vida (exceto minha filha) para estar do lado na hora que fosse e pelo motivo que fosse. Meu amor por ela vai muito além de um amor de homem por uma mulher. Ele é muito maior e mais importante do que isso.

Foi muito bom ter B para conversar sobre isso. É muito bom ter amigos de verdade e me sentir gente de verdade.



Acabei combinando um novo passeio com o Albano e seu Mustang que foi muito melhor do que no dia anterior. Além das novas lições e histórias que aquele sábio homem seguiu contando, paramos em praias e ilhas que eu não conhecia e tive a sorte de conseguir nadar com uma linda tartaruga marinha na praia de Paquetá, uma experiência para não ser esquecida jamais.

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