Gosto de gente. Gente me faz bem, seja que tipo de gente
for. Por isso resolvi reunir o maior número de pessoas que eu conseguisse no
meu aniversário, dia 25. Pensei e logo coloquei em prática uma “campanha” para
reunir as pessoas na Academia da Cachaça do Leblon, um lugar que eu adoro e que
me traz as melhores recordações, de todas as épocas da minha vida.
A primeira vez que fui a Academia ainda não tinha nem vinte
anos de idade. O lugar era novo e ainda pequeno. O nome despertava a
curiosidade. Fui como um calouro entrando na faculdade pela primeira vez. As pessoas
já estavam por lá, mas duas coisas me chamaram a atenção. A primeira era o teto,
feito com fitas verdes e amarelas que juntas formavam a bandeira do Brasil.
Achei lindo. A segunda era a imensa coleção de cachaças expostas nas vitrines e
prateleiras da Academia. Era muita coisa. Era muito para aprender naquele templo
erguido para celebrar a amizade. De lá pra cá, esse lugar sempre fez parte da
minha vida e a escolha acabou sendo natural.
Convidei todos os meus “amigos” de Facebook e olha que são
mais de duas mil e trezentas pessoas. Lancei a ideia um mês antes do dia e
relembrei todas as semanas, tentando deixar claro que ter meus amigos por perto
seria para mim o melhor presente de todos. Para algumas pessoas eu ainda
reforcei o convite com um lembrete especial enviado individualmente. Não queria
correr o risco de ficar sem elas por perto.
Marquei cedo. Não reservei uma mesa, mas uma área da Academia.
Cheguei antes da hora e para a minha surpresa já havia gente por lá. Uma gente
querida que havia transformado a Academia em uma casa de festas com direito a
luzes, enfeites, chapéus e corações espalhados pelo lugar. Minhas amigas Marcia
Carrilho e Evangelina Cruz se superaram na arte de proporcionar momentos
inesquecíveis e eu nem saberia como agradecer tanto carinho.
Aos poucos o lugar foi se enchendo de pessoas adoradas e
adoráveis. Mais de duzentas. Reuni diversos grupos que, juntos, são os únicos
responsáveis por eu ser quem eu sou. E ganhei abraços, beijos e carinhos
deliciosos. E juntos brindamos, rimos, conversamos, lembramos e esquecemos. Que
coisa boa é estar cercado dessa boa onda. Citar nomes é perigoso porque posso e
vou esquecer alguém e isso não seria nada bom, mas o lugar estava cheio de
Anas, Andreias, Alessandras, Thaizes, Isabels, Brunos, Luizes, Luizas,
Rodrigos, Patricias, Marcias, Marias, Rosanes, Tonys, Christianas, Cristianas,
Marcios, Michels, Zecas, Monicas, Denises, Guetas, Paulas, Marinas, Nancys,
Manuelas, Paulos, Robertos, Fernandas, Dilsons, Jacksons, Bernardos, Felipes,
Priscilas, Georgias, Dudas, Kikos, Virginias, Thomas, Martas, Stellas, Vanuzas,
Claudios e muitos outros nomes importantes na minha vida.
No meio delas, algumas pessoas me enchem de felicidade. Primeiro
minha ex e querida mulher, Ursula. Que privilégio ter nessa companheira uma
amiga capaz de participar do meu aniversário, se divertir e me abraçar com o
mesmo carinho que nos uniu. Depois, Socorro uma irmã tão irmã que nossas
briguinhas birrentas parecem sempre brigas de irmão que disputam quem vai
sentar na frente do carro dos pais e coisas assim. E por último a mais importante
das pessoas da minha vida: minha filha Sophia que me enche de orgulho, carinho
e amor e me lembra todos os dias que o amor incondicional é possível e é o
melhor que pode haver.
Claro que tenho vontade de falar de cada uma das outras pessoas
que estiveram lá... Marcia, por exemplo, que não mediu esforços para estampar
um sorriso no meu rosto. Vanja, tia herdada do meu casamento, não pode ser mais
querida e dedicada. Monica, cheia de um carinho único e especial. Rosane,
mulher de fibra e caráter únicos que admiro incansavelmente. Mas o risco de
deixar alguém triste por não ter sido falado ou lembrado é imenso e
desnecessário.
Sim, senti falta de algumas pessoas fundamentais na minha
vida também. Falta do meu irmão de sangue, falta dos meus irmãos de vida, falta
de algumas das maiores e melhores amigas que já tive, falta de amores do
passado que preferiram não ir, falta imensa da Menina de Longe e falta do meu
pai e da minha mãe, que estão sempre comigo. Mas cada um a seu jeito esteve e
está sempre comigo. Gente que me importa e que se importa comigo.
No dia seguinte as lembranças boas me acompanharam. Me senti
rico. É muita gente e muita sorte de ter tantos amigos tão queridos. Por isso
hoje escrevo apenas para dizer obrigado.
Adorei estar lá e adorei seu "obrigado" !
ResponderExcluirA alegria e energia estavam maravilhosas.
Que venham muitos outros !
Beijos
Denise Romita
Obrigado amiga querida! bjs
Excluirobrigada a você por simplesmente ser quem você é! beijos Rô
ResponderExcluirEu não seria se não tivesse gente como você tão perto e tão dentro. bjs
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