sexta-feira, 27 de julho de 2012

Obrigado


Gosto de gente. Gente me faz bem, seja que tipo de gente for. Por isso resolvi reunir o maior número de pessoas que eu conseguisse no meu aniversário, dia 25. Pensei e logo coloquei em prática uma “campanha” para reunir as pessoas na Academia da Cachaça do Leblon, um lugar que eu adoro e que me traz as melhores recordações, de todas as épocas da minha vida.

A primeira vez que fui a Academia ainda não tinha nem vinte anos de idade. O lugar era novo e ainda pequeno. O nome despertava a curiosidade. Fui como um calouro entrando na faculdade pela primeira vez. As pessoas já estavam por lá, mas duas coisas me chamaram a atenção. A primeira era o teto, feito com fitas verdes e amarelas que juntas formavam a bandeira do Brasil. Achei lindo. A segunda era a imensa coleção de cachaças expostas nas vitrines e prateleiras da Academia. Era muita coisa. Era muito para aprender naquele templo erguido para celebrar a amizade. De lá pra cá, esse lugar sempre fez parte da minha vida e a escolha acabou sendo natural.

Convidei todos os meus “amigos” de Facebook e olha que são mais de duas mil e trezentas pessoas. Lancei a ideia um mês antes do dia e relembrei todas as semanas, tentando deixar claro que ter meus amigos por perto seria para mim o melhor presente de todos. Para algumas pessoas eu ainda reforcei o convite com um lembrete especial enviado individualmente. Não queria correr o risco de ficar sem elas por perto.

Marquei cedo. Não reservei uma mesa, mas uma área da Academia. Cheguei antes da hora e para a minha surpresa já havia gente por lá. Uma gente querida que havia transformado a Academia em uma casa de festas com direito a luzes, enfeites, chapéus e corações espalhados pelo lugar. Minhas amigas Marcia Carrilho e Evangelina Cruz se superaram na arte de proporcionar momentos inesquecíveis e eu nem saberia como agradecer tanto carinho.

Aos poucos o lugar foi se enchendo de pessoas adoradas e adoráveis. Mais de duzentas. Reuni diversos grupos que, juntos, são os únicos responsáveis por eu ser quem eu sou. E ganhei abraços, beijos e carinhos deliciosos. E juntos brindamos, rimos, conversamos, lembramos e esquecemos. Que coisa boa é estar cercado dessa boa onda. Citar nomes é perigoso porque posso e vou esquecer alguém e isso não seria nada bom, mas o lugar estava cheio de Anas, Andreias, Alessandras, Thaizes, Isabels, Brunos, Luizes, Luizas, Rodrigos, Patricias, Marcias, Marias, Rosanes, Tonys, Christianas, Cristianas, Marcios, Michels, Zecas, Monicas, Denises, Guetas, Paulas, Marinas, Nancys, Manuelas, Paulos, Robertos, Fernandas, Dilsons, Jacksons, Bernardos, Felipes, Priscilas, Georgias, Dudas, Kikos, Virginias, Thomas, Martas, Stellas, Vanuzas, Claudios e muitos outros nomes importantes na minha vida.

No meio delas, algumas pessoas me enchem de felicidade. Primeiro minha ex e querida mulher, Ursula. Que privilégio ter nessa companheira uma amiga capaz de participar do meu aniversário, se divertir e me abraçar com o mesmo carinho que nos uniu. Depois, Socorro uma irmã tão irmã que nossas briguinhas birrentas parecem sempre brigas de irmão que disputam quem vai sentar na frente do carro dos pais e coisas assim. E por último a mais importante das pessoas da minha vida: minha filha Sophia que me enche de orgulho, carinho e amor e me lembra todos os dias que o amor incondicional é possível e é o melhor que pode haver.

Claro que tenho vontade de falar de cada uma das outras pessoas que estiveram lá... Marcia, por exemplo, que não mediu esforços para estampar um sorriso no meu rosto. Vanja, tia herdada do meu casamento, não pode ser mais querida e dedicada. Monica, cheia de um carinho único e especial. Rosane, mulher de fibra e caráter únicos que admiro incansavelmente. Mas o risco de deixar alguém triste por não ter sido falado ou lembrado é imenso e desnecessário.

Sim, senti falta de algumas pessoas fundamentais na minha vida também. Falta do meu irmão de sangue, falta dos meus irmãos de vida, falta de algumas das maiores e melhores amigas que já tive, falta de amores do passado que preferiram não ir, falta imensa da Menina de Longe e falta do meu pai e da minha mãe, que estão sempre comigo. Mas cada um a seu jeito esteve e está sempre comigo. Gente que me importa e que se importa comigo.

No dia seguinte as lembranças boas me acompanharam. Me senti rico. É muita gente e muita sorte de ter tantos amigos tão queridos. Por isso hoje escrevo apenas para dizer obrigado. 

4 comentários:

  1. Adorei estar lá e adorei seu "obrigado" !
    A alegria e energia estavam maravilhosas.
    Que venham muitos outros !
    Beijos
    Denise Romita

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  2. obrigada a você por simplesmente ser quem você é! beijos Rô

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    1. Eu não seria se não tivesse gente como você tão perto e tão dentro. bjs

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