domingo, 1 de julho de 2012

Histórias de um Amor


É sobre isso o que escrevo aqui. Coisas que acontecem na minha vida e a forma como eu lido com elas. São muitas histórias, vivo a vida de um jeito intenso, mas não são muitos amores. O meu amor é um só. Pode parecer estranho para quem já leu esse blog até aqui e nem sei se consigo explicar como eu sinto, mas não custa tentar.

Nunca consegui sentir nada por mais de uma pessoa ao mesmo tempo. É um sentimento só, guardado dentro de mim e oferecido às pessoas que acredito amar. Estou sempre à procura do amor definitivo e isso desde que era apenas uma criança. E, por estranho que pareça, acreditei e ainda acredito demais em cada momento que meu coração bateu mais forte.

As vezes, bastou um olhar para eu imaginar ... é “ela”.

Uma vez, olhei para uma menina no recreio, do jardim de infância. Uma pequena escola em Botafogo, chamada Canarinhos.  Ela estava brincando como todas as crianças estavam e tinha um cabelo lindo. É a lembrança mais antiga que tenho do meu coração batendo mais forte. Lembro-me melhor hoje do sentimento do que da menina.  E o sentimento que surgiu naquela manhã, de um dia de semana qualquer, é o que me trouxe até aqui do jeito que sou. Não tive nada com a menina da infância, nem havia nada para ser vivido ali, mas devo a ela o nascimento do amor em mim.

Depois, muitas vezes, me apaixonei por olhares, por cheiros, por sorrisos...

Ontem na festa junina do colégio da minha filha encontrei dois amores do passado, quase ao mesmo tempo, e me vi, tolo, pensando sobre isso.

Um era a menina das covinhas a outra a menina mãe da minha menina.  As duas estavam lá. As duas representam amores impossíveis e me vi de frente com a minha incompetência na sua maior expressão. Meu coração disparou pela menina das convinhas como sempre fez. Meu coração se acalmou com a presença da menina mãe da minha menina, sem paixão, com o maior dos carinhos do mundo.

A menina das covinhas mal se aproximou e logo se foi. A menina mãe da minha menina ficou e conversamos e encontramos juntos amigos do passado, e rimos, e bebemos e comemos juntos. Segui, como se não fosse nada. Bebi como se fosse tudo e voltei para casa em busca do consolo nos meus sonhos. Um dia ainda vou sonhar com a solução de tudo o que sinto. Nesse dia acordarei consciente das minhas escolhas e pronto para brigar por elas. E enquanto esse dia não chega, sigo incompetente, escrevendo e fingindo que não há, ainda, uma outra menina ocupando quase todo espaço do meu coração sem tomar posse dele.

E segue o baile...

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