segunda-feira, 16 de julho de 2012

Questionário


Que tal um verso? Um verso apaixonado? Que tal se eu disser a você que todos os meus sonhos podem ser resumidos em um só beijo? E se disser que só você tem esse beijo guardado nos lábios?

Que tal uma história? Uma história de amor? Que tal se eu contar uma história falando da vida que sonhei pra nós, mesmo antes de conhecer você? E se disser que essa história só existe com você?

Que tal uma crônica? Uma crônica envolvente? Daquelas que só existem quando você se deixa levar pelo sentimento de quem escreveu? E se eu disser que essa crônica só pode ser lida em um folego só porque ela foi escrita com o último suspiro que dei antes de conhecer você?

Que tal uma odisseia? Uma odisseia de um amor épico? Que tal se eu disser que nesta odisseia os amores não se desencontram, mas juntos encontram as aventuras que justificam e explicam o amor verdadeiro?

Que tal um poema? Um poema de amor eterno? E se eu disser que me assustaria com a força das palavras e com o ritmo de cada quadra ou com a ausência delas? E se esse poema fosse o mais lindo poema do mundo, mas não pudesse ser lido por ninguém se você não o lesse antes?

Que tal uma ode? Uma ode à solidão que morreria ao nos conhecermos? E se eu disser que essa ode não pode existir sem que antes juntos nós tenhamos assistido várias vezes o pôr-do-sol como se fosse o último?

Que tal uma novela? Uma novela romântica e divertida? E se eu disser que essa novela teria finais felizes todos os dias? E se mesmo assim eu disser que essa novela não seria tão boa quanto a vida que teríamos juntos?

Que tal um relatório? Um relatório sobre nossos encontros? E se nele registrássemos tudo o que sentimos desde o primeiro olhar, o primeiro sorriso? E se o guardássemos em um lugar seguro para nunca esquecermos o que nos juntou?

Que tal conto? Um conto das nossas vidas? E se eu disser que escreveremos juntos esse conto, um dia de cada vez, torcendo para que o final nunca chegue? E se esse conto não acabar nunca?

Que tal um questionário?

4 comentários:

  1. Eduardo, sinceramente? não acho que isso seja incompetência emocional.
    Muito pelo contrário... ter clareza, saber o que se sente ou se não, se questionar, se expôr, não pode ser incompetência, mas coragem e vontade de conhecimento e envolvimento. Incompetentes, no meu entender é simplesmente quem não quer, quem nao admite, quem não permite.. quem acha que sabe!
    Parabéns!
    e obrigada
    Ana Paula

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    1. Na verdade a incompetência está no desconhecido. Nas emoções que nunca se repetem, na inabilidade de perceber e escolher entre o que vai te levar ao céu ou ao inferno e nos medos da entrega irrestrita... Se eu fosse de fato um "competente" emocional talvez estivesse vivendo o grande amor da minha vida... ou não? bjs e obrigado pelo comentário.

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  2. Não necessariamente. Já pode ter vivido, talvez viverá, quem sabe viverá de novo e de novo... A esperança e talvez certeza de que existe esse grande amor é o que se faz de competente. Há quem não acredite, há quem não queira... e mesmo pra esses às vezes acontece e não é escolha.. e o viver isso não depende só de vc ou só de UM alguém, é o encontro. Momento certo..
    já a entrega penso que passe pelo instinto de sobrevivência e nesse sentimento as outras partes são tb responsáveis.
    É incompetente quem não sabe escolher, pq quer tudo ou pq nao vê as opções, ou é incompetente quem se fecha ou vê as opções e foge?

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